quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Noite à fora... ou a dentro...

Não sei suar sem me apaixonar

Ele não sabe amar sem suar

Amar é transpirar constantemente.

Estados e estados

Te vejo agora, como o Inverno, frio, pálido.
Em pensar que já fostes colorido, viçoso como uma manhã de Primavera.
Já fostes sépia como a paisagem do Outono...
Mal sabia eu que nesta época, já estavas de partida...
Partida sem volta...
Espero por você Verão, até hoje...
Sentada na calçada, bebendo um mate gelado.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ah... o amor...

Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras...

Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo
Ou se sou água...

Amor, meu grande amor
Me chegue assim
Bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir
O que não sente...

Pois tudo o que ofereço
É, meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim, até o começo...

Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira...

Enquanto me tiver
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Me reconheça...

Pois tudo que ofereço
É, meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo...


E é pouco... é tudo o que eu posso...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Amor, I love you... mas amo mais a mim!

Hoje acordei amando
Amando poder me amar
Hoje aqui, talvez
Amanhã a colar
Pedaços de mim

Mas não importa
Importa, estar viva
Importa, amar
Importa sentir, viver
E, mais que isto
Importa ter
Sobrevivido para mostrar
Que nada se perde
Que se perde nada
Mas que tudo
Tu se metamorfoseia-rá.

Enjoy yourself... you are alive!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Down

Sometimes I feel like I don't have a partner
Sometimes I feel like my only friend
Is the city I live in, the city of angels
Lonely as I am, together we cry

Dias vazios
Noites intermináveis
Tudo porque...

Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi

E agora peno
Pena de mim
Porque...

Solidão é lava
Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo

Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão

Today... I'm down down down...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Drops

A gota escorre corpo à fora
O gozo, corpo a dentro
A chama acende o corpo
Que sem demora vira vento

O bicho bobo aqui geme
O inocente, cala
Quando um se entrega
Ao outro, o outro fala

Não faço poesia
Nem em rima
Nem em prosa

Faço o que pede
Peço que faça
Basta.

domingo, 2 de novembro de 2008

Nasci com o pé na estrada e a cabeça lá na lua

"Are these times contagious?
I've never been this bored before
Is this the prize i've waited for?
Now with the hours passing
There's nothing left here to insure
I long to find a messenger"


Incomoda quase que diariamente a inércia. Parado... tudo parado... parado no mesmo lugar de sempre. Inacreditável. Inacreditável a forma como me incomoda o fato de não conseguir parar.

Minha cabeça roda, roda e roda... e quando vejo, estou com uma mochila nas costas e uma saudade no coração. Desde que achei a porta para o mundo, não consigo mais aceitar a inércia. E ela também não me aceita... bem que tenho tentado.

Quando me chamam de maluca, eu apenas digo 'maluca, não, só sei que nasci com o pé na estrada e a cabeça lá na lua.'

Aos que preferem, que descansem em paz... I've got a long way to run... Yeah, I run...

sábado, 1 de novembro de 2008

Eternos estranhos

Quanto mais nós conversamos, mais eu sinto que não te conheço. Pior que isto, sinto que te perco um pouco cada dia. Sinto que me perco a cada passo que dou na direção oposta.

Passamos horas conversando sobre banalidades, coisas da vida. E agora você me diz que quer ficar e se não for do teu jeito não será de jeito algum. Não pergunta, apenas impõe. Em que momento da vida perdemos a intimidade, o respeito? Onde foi que largou a sua sacola? Ah, no meio da minha sala. No meio da minha sala de visitas. Visitas. Um dia você foi uma visita. Hoje, você é uma sacola no meio da minha sala. Desculpa, você não pode ficar. Ocupou tempo demais, espaço demais. Desculpa do fundo do coração... não será de jeito algum... porquê... Eu não te conheço.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Qual é o sentindo que você perdeu hoje?

Todo mundo, um dia, acaba perdendo um dos sentidos. Alguns não enxergam as coisas por mais que elas estejam a milímetros de seus olhos - esta sou eu. Outros já não conseguem escutar nada que seja capaz de tocar seus corações. Ainda há aqueles que deixaram o prazer do paladar em algum prato não saboreado à beira da estrada. Mas, o pior de todos é o pobre rapaz que perdeu o tato... este não saboreia, não enxerga, não ouve e já não sente mais nada.... este não mais respira.

Preserve seus sentidos. Quando olhar, olhe com atenção. Quando ouvir, ouça com interesse. Quando tomar um bom vinho, sinta uva. Quando inspirar, expire, precisamos desta troca. E quando for tocar, feche os olhos... o tato ainda é o mais importate dos sentidos. Através dele tu podes sentir a alma, sentir a uva, ver as estrelas, recuperar qualquer sentindo perdido.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Não me julgue

"O vento que venta aqui
É o mesmo que venta lá
E volta pro mandingueiro
A mandinga de quem mandingar"

Lá vem seu Nei me lembrar que 'o mundo dá voltas... à volta de Piccadilly Circus buscando a nota exótica que falta ao seu traje blasé televisivo' e que 'o acaso me deixou na porta da tua casa'.

É inexplicável como algumas pessoas vão e vem... parece que ficam dançando pela tua vida ... entram e saem, sem mais, nem por quê... Só tenho uma coisa a dizer: 'tô na chuva pelo calor'. Hoje, depois de tanto honrar pai e mãe, não roubar, não matar, não levantar falso testemundo... só te peço uma coisa: me deixa pecar em paz... me deixa gozar.

Como, para mim, tudo tem um por quê... Porque When I think about you I touch myself... Ooh I don't want anybody else.

Qual é a matéria que compõe o amor?


O que faz alguém compor uma música, um texto, uma poesia, prometendo seu amor, empenhando sua palavra, sua vida?

Acredito que o amor e sonho foram feitos da mesma matéria. Desculpa, se eu te prometo hoje e para sempre, o que eu sinto que faria hoje, como eu sinto que te pertenço hoje.

Prometo que estarei sempre aqui, enquanto eu te amar e este amor for retribuído.

Prometo que minha intenção, meu desejo, meu sentimento é puro, intenso.

Prometo que seguirei ao teu lado, segurando tua mão, quando tudo parecer perdido.

Prometo te acordar com um sorriso e me desperdir com um beijo apaixonado.

Prometo ser tua e só tua, enquanto fores meu e só meu. E você sabe do que estou falando.

Mas, se algum dia, isto tudo não fizer mais sentido. Quando por algum motivo tudo isto não for mais real.

Prometo seguir sendo fiel, fiel a mim, logo, a ti. Prometo buscar ser feliz e quero que prometas o mesmo. Te prometo o hoje e sempre o prometerei... I promise you... I will.

Por quê? Porque, sou feita da mesma matéria que compõe o amor e o sonho.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A vida é realmente um mistério?

Lendo as cartas do destino, vejo que não podemos fugir do que nos é imposto. Novamente, somos levados a fazer escolhas. A todo momento, abrimos mão de algo para vivermos uma incerteza.

Só nós sabemos o que nos faz optar por isto e não por aquilo. Por seguir com o velho acordo ou buscar o novo.

A cada segundo, recomeçamos nossas vidas, ficando cara-à-cara com o maravilhoso desconhecido.

O próximo passo será sempre o que nos levará ao paraíso ou à queda no abismo que existe dentro de cada um de nós.

A vida é um mistério, porque vivemos entre o bem e o mal, o amor e o ódio, o real e a ficção. Então, a ordem do dia é: Live and let die... like a virgin.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

What is the matter?

Em que momento da vida você precisa decidir o que fazer, como fazer, com quem fazer... ou, simplesmente, não fazer? Há uma crise para cada década... mas não se preocupe, a próxima sempre será a pior, assim como a próxima cerveja é sempre a melhor.

E... se eu tivesse casado, tido filhos? E se eu não tivesse?
E... se eu tivesse aceitado aquele convite para viajar ao redor do mundo? E se eu não tivesse?
E... se eu tivesse partido naquele trem para Florença? E se eu não tivesse?
E... se eu estivesse em plena Trafalgar Square, sozinha, na chuva? E se eu não estivesse?

A cada escolha, a Rainha de Copas decepa uma cabeça. A cada instante faço uma prece para que não seja a minha.

Me devore

Preciso de alguém que, como um bicho faminto, devore minha alma... só depois, aos poucos, me devore por inteira.

Preciso de um Drácula, que me pegue com força,
depois me beije com ternura.

Mas preciso, antes de tudo, que ele queira ser devorado da mesma maneira.

All you need is love... love is all you need

Repito esta frase dia após dia. Acho que quero me convencer de que é verdadeira. Olho para o céu, negro, sinto o tempo, frio. Calor humano, por quanto tempo ele é capaz de sobreviver mesmo? Qual a distância entre os corpos para que possa haver a troca? Distância, palavra que me remete a outra, Saudade. Saudade do calor que não senti, do calor que achei que estava lá, mas não estava... ou estava e eu não o percebi. Agora, esta é outra palavra complicada. Quando é agora? Será que agora é quando tudo de que eu preciso é 'de amor'? Quantos tipos de amor existem? De que tipo de amor os besouros falavam? Qual o tipo de amor você precisa? Good Day, Sunshine! Se ele aparecer para mim ou para você.